segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bom dia!!

Olá queridos! Saudades de escrever um pouco aqui. Hoje logo cedo li uma mensagem no site da Ana Maria Braga que gostaria de compartilhar com vocês. Que vocês tenham uma linda semana e que Deus os abençõe!

Tente outra vez...


A diferença entre um fracasso e um sucesso não é aquilo que sai errado. Tanto os que fracassam quanto os que atingem o sucesso, em qualquer área da vida, cometem erros. Muitas vezes, os mesmos erros. Você não fracassa por fazer as coisas erradas. Fracassar por desistir ao fazer as coisas erradas.

Em qualquer momento da história, em qualquer país do mundo e em qualquer mundo do universo, não existe nenhuma diferença nos erros cometidos pelos que têm sucesso e os que têm fracasso. Nenhuma diferença. Na verdade, normalmente, os que levam os troféus da vida cometem erros maiores, mais caros e mais dolorosos do que aqueles que ficam comendo pipoca na arquibancada da existência. Naturalmente, a imagem que fica dos vencedores é aquela do pódio, do momento em que o herói levanta o troféu. Mas é somente uma cena do filme da vida dos vitoriosos. A cena editada.

Quantas vezes você viu Ayrton Senna deprimido, chorando, triste, bravo, suando enquanto reclamava que não conseguia fazer cooper, porque seu peito parecia doer? Provavelmente, nenhuma. Mas ele era humano e, por isso, também fracassava. Ainda assim, você tem a imagem do seu carro cruzando a linha de chegada, ele carregando a bandeira do Brasil e a música eternizada do tan-tan-tannnn tan-tan-tannn. Você se lembra dele no topo do pódio, levantando o troféu. Você lembra do minuto da vitória. Apenas quem conviveu com ele lembra das horas de preparação, dos dias de esforço, das milhares de vezes que ele errou e, rapidamente, corrigiu seu rumo.

Você não fracassa por fazer as coisas erradas. Fracassa por desistir ao fazer as coisas erradas. Ayrton Senna cometeu todos os erros que um piloto pode cometer. Mas ele tinha um propósito e não desistiu jamais. Anote isso em sua mente: tanto os que fracassam, quanto os que atingem o sucesso, em qualquer área da vida, cometem erros. Muitas vezes, os mesmos erros. Mas os que têm sucesso não desistem. Eles continuam. Eles têm constância de propósito.

Você errou. Doeu, talvez não somente em você, mas em outras pessoas. Você sofreu. Ótimo. Isso prova que você está mais próximo do pódio, mais perto de atingir seu sonho.

Como disse Benjamin Disraeli, o segredo do sucesso é a constância de propósito. Você fez uma burrada? Excelente. Somente quem faz parte dos personagens do filme fazem burradas. Os outros pagam o ingresso no cinema para assisti-los. Entre no filme da sua vida. Você não fracassa por fazer as coisas erradas. Fracassa por desistir ao fazer as coisas erradas. Tente novamente, por mais improvável que seja. Tente. Tente. Tente!

Não importa o tamanho de sua queda, do seu erro, da sua derrota, você está mais próximo agora do que estava antes. Por isso, não desista. Jamais!



Aldo Novak

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tudo é culpa do Raul!

Bom dia amados! Hoje acordei mais cedo do que o verdadeiro costume. A volta do calor e a inquietude de pensamentos, tem encurtado minha relação de cumplicidade com a cama (isto é muito raro...rsss). Me desculpem o egocentrismo, mas hoje pela manhã me lembrei de fazer um retrospecto de minha vida, enquanto tentava massagear meu ego. Alguns dizem que este exercício se chama auto afirmação,outros arrogância, mas ora, de vez em quando precisamos fazé-lo, tente você também juntamente comigo, e verá como isto faz bem ao coração e a mente. Reafirmar as conquistas e projetar novas metas, há de ser necessário correr este risco. Fiquei pensando também em Raul Seixas, com aquela linda letra que nos fala ao coração : "Eu devia estar contente,porque eu tenho um emprego,sou um dito cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiros por mês..." Raul com esta letra,nos deixa literalmente sem graça, e nos faz pensar em várias coisas, e nos tira do poderoso trono de conforto. Aí, fico pensando na minha existência, ainda curta e tento improvisar, é claro sem a glória de Raul, algumas reflexões. Eu deveria amados, estar contente por tantas coisas dentre elas a benção da saúde, do bem estar, do conforto, o alimento, o emprego dito estável, a amizade das pessoas, o amor das pessoas que amo e outras diversas positividades que tenho conquistado. Mas Raul, com esta letra tão profunda, acaba me tirando a paz e fico pensando na mulher maltrapilha, com a criança no colo aparentemente faminta, que avistei ontem. Fico pensando também nas famílias desamparadas, e nas tantas pessoas que vivem à margem de uma sociedade, em que o egoísmo, hoje é visto como virtude, em função de tentarmos seguir uma filosofia intitulada como "The best". Poxa, Raul !Esta sua música, não me deixa ser otimista, quando lembro que mesmo com a saúde em perfeita harmonia, vivo em um mundo doente, onde a criança que vive em cada esquina, não sabe o que é amor, onde o idoso é tratado com escárnio e descrédito, e o trabalhador, muitas vezes não pode levar para casa um pão fresco com leite, para aqueles que mais amam. Talvez você, esteja se perguntando o porquê da dramaticidade das palavras, mas se você se permitir refletir na letra, Raul também há de te perturbar, e se não se sentir realmente incomodado, é realmente preocupante! Peço que pelo menos hoje, e ainda nestes tempos de política gritante, não sejamos tão otimistas. Boa Quinta a todos , e que Deus nos abençõe!


Ouro de tolo


"Eu devia estar contente por eu ter um emprego
Sou o dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês
E devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz porque
Eu consegui comprar um corcel 73
E devia estar alegre, satisfeito
Por morar em Ipanema depois de ter passado fome
Por dois anos, aqui, na cidade maravilhosa
Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto ou quanto perigosa
Eu devia estar contente por ter conseguido
Tudo o que eu quis, mas confesso
Abestalhado que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto, e daí?
Eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar
E eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz por o Senhor ter me concedido
Um domingo pra ir com a família no jardim zoológico
Dar pipoca aos macacos
Ah, mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro, jornal, tobogan
Eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho
Se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa dez por cento de sua cabeça animal
E você ainda acredita que é um doutor
Padre ou policial que está contribuindo com sua parte
Para o nosso belo quadro social
Eu é que não me sento no trono de um apartamento
Com a boca escancarada, cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas
Que separam os quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador"

Raul Seixas

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Roda Viva

Quarta-feira, eu acordo meio que desapercebida e inerte a alguns acontecimentos. Naturalmente cansada, embora isto pareça estranho, pois acabo de chegar de um feriadão. Mas um cansaço, que transcende o corpo, um cansaço quase de alma, de aspecto positivo que encarna uma vontade de mudanças. Há momentos na vida, que precisamos modificar algumas coisas. A mudança pode ser de forma profunda ou superficial. Albert Einstein dizia que se fizermos todos os dias as mesmas coisas, então como poderemos esperar respostas diferentes? Ao ir para o trabalho, passei por um trajeto diferente, uma rua da qual não tenho costume de caminhar. Este exercício de mudança, me inspira e tendo a consciência de que preciso modificar, gosto de tentar ser diferente. Lembrei da música de Chico Buarque, e fiquei refletindo na veracidade destes versos que configuram minhas impressões para o dia de hoje.

Roda-viva

"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração..."



Maravilhosa Quarta a todos! Bjokas!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dias bons...


Dias bons em Rondonópolis, chuvas que acalmam e saciam o desejo das pessoas em fazer uma pausa para o calor e para sequidão que ultrapassava o espaço e refletia nos semblantes de todos. Hoje o sol está mais tímido, porém mais belo. A chuva ontem, em alguns locais mostrou-se de maneira feroz, como um choro dilacerado, que tenta suprir uma longa ausência. Eu que desde criança me identifico com a chuva, fico supresa com o lindo espetáculo que posso presenciar. A chuva tem um ar de liberdade, que deixa tudo mais solto, mais flexibilizado. É como se a moça que fora ao mercado fazer compras, precisasse esperar o momento para voltar para casa e cumprir seus afazeres. Os amantes apaixonados onde quer que estejam terão que adiar o momento da despedida e estarão condenados a passar mais tempo juntos, sentindo a presença um do outro,enquanto a chuva molha a terra e lava os corações. O rapaz que olha inconformado para o relógio, retorna o olhar para chuva e se alivia ao perceber que poderá justificar seu atraso à reunião de trabalho, e ninguém irá contestá-lo.Que agradavél esta sensação de frescor e descompromisso que a chuva proporciona em alguns, é como ter a oportunidade de parar o que se está fazendo para vivenciar este fenomêno gracioso. Com a possibilidade de raios, em alguns locais de trabalho, precisamos desligar os computadores, desconectar-se deste mundo virtual tendo a possibilidade de avistar a janela e voltar o olhar para a natureza, coisa que fazemos com muita raridade. Por isto amo tanto a chuva, que molha os quintais das casas e me enche os olhos de beleza. Que venham mais dias chuvosos e abençoados! Bom fim de semana a todos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Palavras de Viviane Mosé

Bom dia amados! Semana que se arrasta entre pensamentos e reflexões, vontade de ganhar inspiração para escrever, mas na falta preencho este desejo lendo as palavras de outras pessoas, uma amiga me indicou o nome desta filósofa, e ao ler me identifiquei bastante com as palavras e o momento. Bom fim de semana a todos!

"Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão,

Expulsar de mim essa Nossa Senhora ciumenta.

Madona sedenta de versos. Mas tive medo.

Medo de que ao sair levasse a imensidão onde me deito.

Ausência de espelhos que dissolve a falta, a fraqueza, a preguiça.

E me faz vento, pedra, desembocadura, abotoadura e silêncio.

Tive medo de perder o estado de verso e vácuo,

Onde tudo é grave e único. E me mantive quieta e muda.

E mais do que nunca tive inveja.

Invejei quem tem vida reta, quem não é poeta

Nem pensa essas coisas. Quem simplesmente ama e é amado.

E lê jornal domingo. Come pudim de leite e doce de abóbora.

A mulher que engravida porque gosta de criança.

Pra mim tudo encerra a gravidade prolixa das palavras: madrugada, mãe, Ônibus, olhos, desabrocham em camadas de sentido,

E ressoam como gongos ou sinos de igreja em meus ouvidos.

Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo.

Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio.

Clarice diz que sua função é cuidar do mundo.

E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada,

Não tenho bons modos nem berço.

Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito.

O que o silêncio pode me dizer que já não tenha sido dito?

Eu, cuja única função é lavar palavra suja,

Neste fim de século sem certezas?

Eu quero que a solidão me esqueça."

Viviane Mosé

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Saudades de um amigo


Bom dia Amados! Estou deixando um texto de autoria do meu querido amigo Alessandro. Ale, você faz muita falta, mas sei que onde está, está trilhando seu caminho com muita luz, fica com Deus meu querido e aqui no Brasil as saudades são imensas!

Um pouquinho do Timor Leste...

"Aprender a viver com os outros; não sabia o quanto essa frase é importante no momento atual que o mundo se encontra. E foi logo aqui, no mais novo país do continente asiático que fui perceber essa importância.

Bem que poderíamos tratar apenas dos aspectos culturais, étnicos, religiosos ou outro qualquer, mas existe algo diferente no ar, parece uma carência de valor que os torna, simpáticos, carinhosos, educados e acima de tudo fraternos. Fraternidade e generosidade, duas qualidades difíceis de serem encontradas espontaneamente, e dessa forma; sem mesmo saberem seu nome, suas intenções, quem você realmente é.

Estou trabalhando como professor do PROFEP(proinfantil) e no PROCAPES(graduação em ciências), mas enquanto me preocupo em ensinar conhecimentos científicos, os meus queridos alunos me ensinam a cada dia a necessidade de viver um sonho de liberdade, justiça e esperança. São antigos combatentes do período de guerra contra a Indonésia. Vinte e cinco anos de violação de todos os direitos humanos.

Parece outro mundo, as crianças do bairro onde estou dividindo a casa com mais três brasileiros, olham para nós como seres espetaculares, heróis e heroínas, fazendo questão do aperto de mão e afago nas pequenas cabeças suadas das brincadeiras de rua, e falam em voz alta e rápida com um sorriso contagiante, como tentando ganhar uma competição de percepção e atenção: “ bom dia professor”! Ou será que é: “ bom dia psor”.

Mas são todos assim, no intervalo das aulas o professor chega e senta perto de um pequeno grupo de alunos, e de repente esse grupo se torna grande, pois todos querem ouvir ou falar com um mestre. O assunto, não importa muito, pois tudo é aprendizado nesse lugar.

Mestre, nunca pensei que pudesse me sentir assim, aqui o professor é um mestre na mais real das concepções.

Por isso é difícil aprender a viver com eles, não estava preparado para esse golpe de valorização.

“Simplicidade e humildade, os últimos degraus da sabedoria”. Se isso realmente for verdade, então estamos no lugar dos sábios de espírito.

Alessandro Batista de Araújo